sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Ártemis


A mais complexa das divindades olímpicas, representa as variações da natureza feminina como deusa virgem lunar, ninfa caçadora, padroeira das florestas e dos animais, mãe protetora das crianças e dos nascimentos.

Ártemis era uma caçadora virgem; os gregos a chamavam de “A Caçadora de Almas”. Ela protegia as selvas e animais; tinha o conhecimento dos lugares profundos da Natureza onde se poderia repousar e recuperar as energias. Repugnava a violência pla violência, mas era hábil ao estabelecer punições aos criminosos, especialmente aqueles que ameaçassem ou maltratassem mulheres.

Seus objetos sagrados eram as bolotas de carvalho, os gamos, ursos, cães de caça, o absinto e a foice em Lua. Era a divindade das Amazonas.

O antigo costume grego de honrar o aniversário de Ártemis com um bolo de Lua Cheia é até hoje preservado em nossos bolos de aniversário. Os gregos colocavam inclusive velas acesas sobre o bolo da Lua.

Durante os períodos Arcaico e Clássico, era considerada filha de Zeus e de Leto e irmã gêmea de Apolo; mais tarde, associou-se também à luz da lua e à magia. Em Roma, Diana tomava o lugar de Ártemis, frequentemente confundida com Selene ou Hécate, também deusas lunares.

É representada, como caçadora que é, vestida de túnica, calçada de coturno, trazendo aljava sobre a espádua, um arco na mão e um cão ao seu lado. Outras vezes vêmo-la acompanhada das suas ninfas, tendo a fronte ornada de um crescente. Representam-na ainda: ora no banho, ora em atitude de repouso, recostada a um veado, acompanhada de dois cães; ora em um carro tirado por corças, trazendo sempre o seu arco e aljava cheia de flechas.

O absinto (Ártemisia absinthium L.) era uma das plantas dedicadas à deusa. O templo de Ártemis em Éfeso foi uma das sete maravilhas do mundo antigo.

Dias de honra a Ártemis: 29/03, 08/04, 11/04, 18/04, 24/05, 19/08, 04/09, 22/11.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Hécate




Hécate era uma divindade noturna, da vida e da morte. Era chamada de A Mais Amável, Rainha do Mundo dos Espíritos, Deusa da Bruxaria. Era a mais antiga forma grega da Deusa Tríplice, que controlava o Paraíso, o Submundo e a Terra.

É uma Deusa tricéfala grega, Deusa da Lua Minguante, guardiã das encruzilhadas, senhora dos mortos e rainha da noite. Ela era homenageada com procissões em que se carregavam tochas e oferendas para as conhecidas “ceias de Hécate”.

É conhecida como uma Deusa “escura” por seu poder de afastar os espíritos maléficos, encaminhar as almas e usar sua magia para a regeneração. Invocava-se a sua ajuda em seu dia (13 de agosto) para afastar as tempestades que poderiam prejudicar as colheitas.

Especialmente para os trácios, Hécate era a Deusa da Lua, das horas de escuridão e do submundo. Parteiras eram ligadas a ela. Era conhecida entre as Amazonas como a Deusa da Lua Nova, uma das três faces da Lua e regente do Submundo.

A lenda não é clara quanto à sua origem. Alguns mitos dizem que Hécate era filha dos titãs Tártaros e Noite; outras versões dizem ser de Perseus e Astéria (Noite-Estrelada), ou de Zeus e Hera. Sabemos que seu culto não se originou na Grécia. Lendas de Hécate eram contadas por todo o Mediterrâneo.

No início, Hécate não era uma Deusa ruim. Após a queda do matriarcado, os gregos a cultuavam como uma das rainhas do Submundo e governante da encruzilhada de três caminhos.

Um de seus animais sagrados era a rã, um símbolo da concepção. Era chamada de A Deusa das Transformações, pois regia várias passagens da vida, e podia alterar formas e idades. Outro animal sagrado era o cão.

Hécate era considerada como o terceiro aspecto da Lua, a Megera ou a Anciã (Portadora da Sabedoria). Os gregos chamavam-na de A Megera dos Mortos. Aliada de Zeus, ela era acompanhada por uma matilha de lobos.

Como aspecto da deusa Amazona, a carruagem de Hécate era puxada por dragões. Outros de seus símbolos eram a chave e o caldeirão. As mulheres que a cultuavam normalmente tingiam as palmas de suas mãos e as solas dos pés com hena. Seus festivais aconteciam durante a noite, à luz de tochas. Anualmente, na ilha de Aegina no golfo Sarônico, acontecia um misterioso festival em sua honra.

Essa era uma Deusa caçadora que sabia de seu papel no reino dos espíritos; todas as forças secretas da Natureza estavam sob o seu controle. Os gregos e trácios diziam que ela controlava o nascimento, a vida e a morte.

Hécate era considerada a patrona das sacerdotisas, Deusa das feiticeiras. Estava associada à cura, profecias, visões, magia, Lua Minguante, encantamentos, vingança, livrar-se do mal, riqueza, vitória, sabedoria, transformação, purificação, escolhas, renovação e regeneração.

Como Senhora da Caçada Selvagem e da feitiçaria, Hécate era a princípio uma divindade das mulheres, tanto para cultuar como para pedir auxílio, e também para temer caso alguém não estivesse com sua vida espiritual em ordem.

Dias de honra a Hécate: 31/01, 27/02, 04/03, 13/08, 21/09, 31/10, 01/11, 07/11, 16/11.

Fonte: http://bruxaria.net/

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Freya



Freya é a deusa nórdica do amor e magia, condutora das almas para o mundo subterrâneo. Ela regia a fertilidade, a sexualidade, a Lua, o mar, a Terra, o mundo subterrâneo, o nascimento e a morte.

Ela era a matriarca ancestral do grupo de divindade denominado Vanir, precursoras dos Aesir, as divindades patriarcais que vieram da Ásia.

Aparecia como uma deusa tríplice (virgem, mãe e anciã), como senhora dos gatos, dirigente das Valquírias e condutora das almas dos guerreiros mortos em combate, das quais metade ia para o seu reino e a outra metade para o palácio de Odin.

Sua representação era a de uma linda mulher vestida com um manto de peles de gato, enfeitada com penas de cisne e adornada com jóias de ouro e âmbar, sendo puxada em sua carruagem dourada por quatro gatos.

A deusa-Vana nórdica Freya era muito importante para o bem-estar e existência dos Deuses, muito além de seu aspecto de deusa da fertilidade, pois ocorreram muitas batalhas entre os Deuses e os Gigantes por Freya.

Ela possuía muitos nomes: Syr, Dama, Grande Deusa, Mardoll (Aquela que brilha sobre o mar).

Os mitos falam de seu casamento com um misterioso deus chamado Od, o qual desapareceu. Apesar de Freya estar intimamente ligada ao poderoso Odin, ela não é sua esposa, nem de nenhum outro deus. No entanto, ela hoje é considerada consorte de Frey, com quem forma o casal divino, celebrado nos ritos de fertilidade com o “casamento sagrado”.

Quando ela chora, suas lágrimas tornam-se gotas de ouro; quando essas gotas caem no mar, elas se transformam em âmbar. Seus gatos mágicos, Bygul (ouro de abelha, mel) e Trjegul (ouro de árvore, âmbar), puxam sua carruagem, mas ela também possui um javali de batalha (Hildisvini) o qual ela cavalga.

Ela possui o colar Brisingamen e mantém metade dos guerreiros mortos em seu salão. Freya é a senhora dos gatos, líder das Valquírias, capaz de trocar de forma, é a Sábia ou “vidente” que inspira toda a poesia sagrada.

Treze é seu número e sexta-feira é seu dia. Seidr, sua magia especial, era basicamente magia feminina, um tipo de xamanismo e profecia.

Alguns mitos dizem que as runas eram de Freya muito antes de Odin obtê-Ias. Freya tem poder sobre o amor, beleza, animais, sexo, gatos, nascimentos, fogo, cavalos, encantamentos, feitiçaria, ouro, riqueza, transes, jóias, sabedoria, antevisão, magia, sorte, longa vida, fertilidade, a Lua, o mar, morte, música, poesia e proteção.

O dia consagrado a Freya é a sexta-feira, utilizado para trabalhos de amor, sexo e magia.

Fonte: http://bruxaria.net/